sexta-feira, 6 de abril de 2007

borboletRas * 1 *

borboleta de Romero Brito



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Mulher, com alma guerreira
Caroline Schneider




Há flores no meu quintal
Pois a mim, ninguém as oferta
A bem da verdade,
Nasci no corpo errado...
Sou mulher, com alma guerreira
Vim a esta terra
Para lutar como homem...
Pelo sustento da família
Pelo sorriso todo dia
Pela própria harmonia!
Nenhum ramalhete em prol da doçura
me foi doado
Não me foi dada a chance
de ser delicada e frágil
Mas enquanto ninguém descobre a mulher
por trás da armadura de guerreira
Vou pelo mundo, ofertando minhas pétalas ao passar
E a brincar com o flip-flap das felizes borboletas
que em mim reconhecem o colorido da alma
que só uma verdadeira mulher possui...
o colorido de quem sabe plantar e semear e colher e desfrutar das flores de seu próprio jardim!



***



Lamento da musa triste
Caroline Schneider


Sou tua fada nua
Oh! Poeta dos vendavais!
Uma musa triste
Deveras cansada de esperar
Por seu poeta ausente...
Que em riste finge
Sem queixas ou pranto no olhar
Sorriso de musa que se sabe amar...
Ponho-me a buscar
O fio do rio que leva ao mar
E o vento bate em meus labaredos cabelos
Que, quais asas, aspiram em tua procura voar
Perfeita teia vermelha fervilha em meu corpo
Delineado por teu negro olhar
Olhos que em busca de inspiração
Já me fizeram tua
Tantas vezes, tua



***




Nas nuvens do pensamento
Caroline Schneider

redescobri o céu
e ele me disse algo...
inconstante sabor de poema com presságio
não soube nem de longe definir
se branco azul negro ou colorido meu futuro
ou apenas aquele suave sabor de novidade na ponta da língua
que antecede a surpresa em descobrir o tom de um novo sentimento
quanto mais eu perscrutava o índigo telhado
mais perguntas assaltavam meu curioso e detalhista olhar
alma dilacerava coração acinzentava...
as formas agitavam-se em delicado balé de nuvens...
será que foi apenas impressão?!
que nuvens, que nada...
eram meus olhos? estariam ali expostos sob o céu dos pensamentos, meus mais belos e infinitos momentos, de paz e arrependimento?...



***



Pés sob os lençóis
Caroline Schneider


Já está tudo no chão
E a vida a pedir passagem
Lugar sempre limpo, organizado
Demonstra não morar gente
Gente quer livros espalhados
Estante cheia e meias guardadas...
Pés descalços sob os lençóis
A enroscar-se a pedir carinho...
É como andar de mãos dadas
Deixando livres as mãos,
para tocar as estrelas...
Entre um sonho e outro
Vou organizando as paisagens
Ó vida! Que sorte eu tenho
De ter quatro pés em minha cama!




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Quem sou eu

Minha foto
Curitiba, Paraná, Brazil
Sou tudo que fervilha. Sou o desenho das nuvens. Sou as lágrimas de felicidade. Sou o sorriso. O sol da manhã. Sou o suor escorrendo. O cheiro de café no corredor. Sou a borboleta voando. Sou meus sonhos. E também sou a realização deles. Pra mim, a vida tem sentido.

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